Entrevista A Diogo Piçarra (Finalista Idolos 2012)

26-07-2012 19:59

 

 

 

Nome Completo: Diogo Miguel Ramires Piçarra

 

Data De Nascimento: 19/10/1990

 

Signo: Balança

 

Animais De Estimação: Um cão: Snoopy

 

Viagem de sonho: Já viajei por alguns países da Europa, e o sonho é viajar por todo o Mundo.

 

Perfume de eleição: Hugo Boss

 

Livro favorito: O Evangelho Segundo Jesus Cristo, de José Saramago.

 

Cidade ou campo? Em determinadas ocasiões o campo é melhor que a cidade, e vice-versa. Por isso, a preferência surge daquilo que estou à procura. Descanso ou trabalho.

 

Calor ou frio? Ameno. Não gosto nem de muito frio, nem de muito calor.

 

Sol ou chuva? São sempre inspiradores os dias de chuva. Porém o Sol é o meu melhor amigo em Faro.

 

Se fosses para uma ilha paradisíaca e só pudesses levar 3 coisas o que levavas? A guitarra, um livro e o bilhete de volta.

 

Coisas que andam sempre contigo? Uma garrafa de água e a carteira. Sempre que posso evito o telemóvel.

 

O que te inspirou para a música? A música, para muitas pessoas, começou cedo. Ainda eram bebés e já cantavam. Para mim a música surgiu como um “chamamento” em que de repente, aos 16 anos, decidi aprender um instrumento musical, e estava indeciso entre a bateria e a guitarra. Decidi-me pela guitarra pois a bateria iria incomodar muito os vizinhos. Após um ano de aulas comecei a trautear e a colocar a voz, e de um momento para o outro entrei numa banda e passei de aprendiz para vocalista e guitarrista desse mesmo grupo. A composição foi algo que também conheci nessa altura, e até agora, ainda componho. Neste momento não tenho dúvidas que é para a música que eu quero viver, e já não me imagino sem ela.

 

Quando pesquisei no Youtube o teu nome, apareceram-me alguns vídeos de tu a cantares coveres, penso eu ainda antes desta edição do Ídolos. Portanto existe um percurso antes dos Ídolos, fala-nos desse tal percurso. Antes dos vídeos de covers, existe ainda o percurso em que fiz parte da banda farense “Fora da Bóia” que durou cerca de 4 anos (2007-2011). E enquanto este durou, participei na 3ª edição do Ídolos, da qual fui eliminado na fase do teatro (prova do piano), e castings de um programa de novos talentos da TVI e Operação Triunfo 2010. Infelizmente os estudos falaram mais alto e tive de me ausentar durante uns meses, e com muita pena minha a banda não conseguiu subsistir. Após este triste desfecho, decidi continuar a apostar na música, mas agora sozinho. E a partir de Janeiro de 2012 decidi começar a gravar vídeos de covers e a publicá-los tanto no Youtube, como também na minha página no Facebook. Alguns meses depois, já com alguns vídeos publicados e após alguns concertos a solo em alguns bares e discotecas, surgiu mais uma edição de Ídolos.
 

 

Porquê o programa Ídolos? 

O programa Ídolos e qualquer outro tipo de concurso deste género apresentam-se a nós, cantores e artistas, como uma espécie de “ajuda” para podermos mostrar o que mais gostamos e queremos fazer na vida. E o Ídolos, em horário nobre e com uma grande audiência, pode ser a “salvação” ou esse tal “empurrãozinho” que muitos como eu necessitam, que nem a publicar vídeos na Internet ou a tocar em bares durante anos teria.

 

Após já ter participado em alguns castings, e um deles para o programa do Ídolos em 2009, não queria de maneira alguma voltar a este mundo da televisão. Estava contente com o que tinha feito e de certa forma estava a tentar iniciar algo sozinho, mesmo que fosse preciso muito trabalho e empenho. Contudo, o desejo da minha família em que participasse só mais uma vez num concurso de televisão, e ainda para mais um como o Ídolos, convenceu-me a ir aos castings do Ídolos. Primeiro porque é um programa

 

 

Como foram aquelas horas de espera nos castings?

As horas de espera podem ser um pau de dois bicos: no fim valeu a pena quase 12 horas de espera e passar à fase seguinte, ou se vai para casa com um não. Para mim, como já sabia para o que vinha, vim com um espírito descontraído, conheci imensas pessoas que ainda hoje mantenho contacto, ensaiei algumas vezes (não muitas para não ficar sem voz) e claro descansei o máximo que pude. No fim valeu a pena todo o tempo que esperei, apesar de ter ficado muito cansado.

 

O que achas-te do teu casting? Ainda te lembras daquele primeiro pensamento que tiveste quando acabaste de cantar?
O primeiro pensamento que tive quando acabei de cantar foi “Pronto, já está, não há mais nada a fazer. Venham as opiniões.”
E sinceramente esperava que o meu casting fosse mais “turbulento” como o de alguns colegas meus. Primeiro porque era repetente e segundo porque cantei uma versão em que o próprio autor estava presente. Porém, para minha surpresa fui muito bem tratado, cada jurado deu a sua opinião atempadamente, e senti-me preparado para mais uma aventura após ter recebido o papel amarelo.

 

 

A verdade é que tu já és repetente no Ídolos, e isso no início exigia mais de ti. Como o Manuel dizia, de vocês esperava-se sempre melhor. Qual a grande diferença entre 2009 e agora?

A diferença entre 2009 e agora é o facto de termos de mostrar alguma mudança, evolução e de que merecemos estar no lugar onde muitas pessoas estão pela primeira vez, e não sabem muito bem o que lhes espera. Para mim, não podia haver desculpas se errasse ou não viesse mostrar nada de novo.

 

Quem fez pressão para que tu participasses esta segunda vez foram os teus pais, se não fosses eles não tinhas tentado uma segunda vez? Falta de coragem? Ou medo de ficar outra vez para trás?

Se não fossem os meus pais e o meu irmão nem sequer tinha tentado mais uma vez. Foram eles que me convenceram de que desta vez seria diferente, e mesmo que não fosse, tinha de ir descontraído e fazer apenas aquilo que sei fazer. O que sentia não era medo, pois nunca me deixei ir abaixo por ter sido eliminado da primeira vez, mas sabia que ia ser muito puxado e exigente, e só quem vem é que sabe o que isto custa.

 

Não são vocês que escolhem as músicas que cantam nas galas, é a produção. Por isso vocês nem sempre devem gostar das músicas que vos calham, qual foi a assim a pior música que já te deram?

Algumas vezes não somos nós a escolher as músicas, por isso ficamos um pouco na expectativa do que nos pode calhar. Contudo, não me posso queixar das músicas que me escolheram, tanto o júri, como a RFM ou até mesmo a produção. Aceitei sempre os desafios, apesar de ter ficado um pouco surpreso quando me escolheram a “Ana Lee” ou ainda a “The Whole of The Moon”, no entanto tentei interpretar e representá-las da melhor maneira.

 

Na gala que o João foi salvo depois foi perguntado aos sete concorrentes que restavam quem achariam que iria vencer o programa, e eles apostaram que serias tu. Como vês isto?

Eu, pessoalmente, não tenho apreciado os inquéritos que têm sido feitos na imprensa, porque isto é um concurso, ainda falta muito para terminar e a votação do público consegue ser tão imprevisível como as nossas actuações. Tanto numa noite posso ser o mais votado como na gala seguinte o menos votado. Numas galas tenho músicas em que me sinto mais à vontade e noutras em que me sinto mais inseguro. Por isso é um ambiente em que as apostas não ditam o futuro, e é preciso dar sempre tudo em palco. Para além disso começo a sentir-me um pouco pressionado com todas as opiniões e a qualquer altura o jogo pode virar-se ao contrário.

 

Na oitava gala a tua atuação foi considerada pelo júri a melhor da noite, mas pela primeira vez ficas-te entre os menos votados. Que tens a dizer sobre isso?
O que respondi na pergunta anterior. É tudo muito imprevisível e a qualquer altura tudo pode mudar. Não é pelos jurados acharem que fui o melhor da noite que vou ganhar ou passar. Por isso nunca me deixei levar pelos comentários bons nem menos bons. No fim quem decide é o público e o meu trabalho continua a ser sempre o mesmo: cantar e dar o meu melhor.

 

Tu e o teu Irmão gémeo André, são muito cúmplices. O que é ele significa para ti?

Não somos cúmplices por sermos gémeos, mas sim porque toda a nossa infância e juventude foram feitas de partilhas e cumplicidade. Estivemos quase sempre nas mesmas turmas, nas mesmas escolas, nas mesmas actividades desportivas, os mesmos amigos e por isso hoje ele é para mim a minha melhor companhia, o melhor amigo, o meu braço direito e o meu conselheiro. Devo-lhe muito, e só posso dizer que quero passar todos os momentos da minha vida ao lado dele.

 

Vocês estão no Hotel, mas qual é a reação das pessoas quando vos vêm na rua?

Como saímos pouco do Hotel é difícil saber o que as pessoas pensam de nós, ou se nos conhecem. Mas das poucas vezes que saímos a maior parte reconhecia-nos e já tinha os seus favoritos. Vêm ter connosco, pedem para tirar fotos, ou escrever uma dedicatória e, pessoalmente gosto desse contacto exterior e de retribuir todo o apoio que me dão conhecendo e falando com as pessoas.

 

Vocês estão todos juntos num Hotel, o que é que se passa durante a semana naquele hotel? Trabalho, Diversão….

Durante a semana que passamos no Hotel as actividades passam por ir ao ginásio, piscina, sauna, beber chá, ver televisão, filmes, conversar, jogar ping-pong, matraquilhos e snooker. No entanto, claro que a maior parte do tempo é passado a cantar, tocar, a ensaiar e a decorar as letras.

 

Como vês até agora o teu percurso no Ídolos?
Até agora caracterizo o meu percurso no Ídolos como conciso, coerente, gradual e acima de tudo fiel a mim próprio. O meu objectivo aqui era e é mostrar o meu estilo, a minha voz e a minha personalidade, estando sujeito a ser julgado ou odiado por isso. Por outro lado sempre quis evoluir como pessoa e músico, e por isso quanto mais tempo cá ficar, mais de mim consigo mostrar e mais consigo evoluir.

 

O que vais fazer quando saíres do programa?

Quando sair do programa, ganhe ou não, tenho o desejo de gravar um álbum e conseguir inserir-me no panorama musical nacional. Sei que vou precisar de lutar e trabalhar muito, mas adorava conseguir viver para a música.

 

Tu dizes que te orgulhas de ser quem és. E quem é o Diogo Piçarra?

Orgulho-me de ser uma pessoa que nunca pediu nada a ninguém, que segue os seus sonhos e luta por eles, apesar de já lhe terem dito para não o fazer. Por nunca desistir e estar sempre pronto para um desafio. Por amar e sentir a música à minha maneira porque me faz sentir vivo.